Enfrentar, de forma conjunta, os grandes desafios globais. Com essa ideia, iniciou-se, nesta quarta-feira, 24, o Seminário “Floresta Amazônica: meio ambiente e mudanças climáticas, cooperação em pesquisa e responsabilidade social corporativa – parcerias e oportunidades”. A abertura foi realizada no auditório da Coordenadoria de Capacitação e Desenvolvimento da Universidade Federal do Pará (Capacit/UFPA). O pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação, professor Emmanuel Zagury Tourinho, compôs a mesa de abertura representando o professor Carlos Edilson de Almeida Maneschy, reitor da UFPA.

Estiveram presentes no começo das atividades, da mesma forma, o titular da Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), Claudio Cavalcanti Ribeiro; a chefe da delegação da União Europeia no Brasil, embaixadora Ana Paula Zacarias; a embaixadora da Noruega no Brasil, Aud Marit Wiig; o embaixador da Bélgica no Brasil, Jozef Smets; e a embaixadora da Romênia no Brasil, Diana Radu.

Federal do Pará – O seminário ocorreu durante todo o dia (confira a programação completa aqui). Na apresentação do professor Emmanuel Tourinho, foi dada ênfase à política de pesquisa e pós-graduação, bem como à cooperação internacional e ao meio ambiente. “Destaco o esforço do reitor Carlos Maneschy em estimular a cooperação em pesquisa e o desenvolvimento da pós-graduação na Universidade. A UFPA é uma instituição jovem, comparativamente às instituições estrangeiras, e está inserida em um ambiente de desafios e oportunidades”, disse. “A Amazônia interessa ao mundo por sua importância para o clima e pelo seu patrimônio natural – e eu diria, também, cultural, que é uma característica menos conhecida –, mas carece de um processo de desenvolvimento socioeconômico à altura das necessidades de sua população.”

O representante da Propesp esclareceu que o espaço amazônico tem sediado, repetidamente, projetos que atendem demandas que não são locais. “Os projetos de produção de energia, por exemplo, atendem necessidade das outras regiões brasileiras. Como projetos dessa natureza não promovem a geração de renda e a inclusão social, acumulamos alguns dos piores indicadores em áreas como saúde e educação.

Características – O incentivo à pós-graduação, na UFPA, remonta à década de 1970. A Instituição é a maior da Região Norte em capacidade instalada para a pesquisa e na oferta de pós-graduação. Atualmente, possui 12 campi, mas atende a, pelo menos, 50 municípios, por meio dos polos. Segundo o professor Emmanuel Tourinho, uma das características da Federal do Pará é o incentivo à formação de mestres e doutores com foco na interdisciplinaridade. “Temos mais de 100 cursos de graduação e 96 de pós-graduação, entre mestrados acadêmicos, mestrados profissionais e doutorados. Pensamos que a melhor forma de ocupar a Amazônia é com instituições que possam cumprir esse papel de produzir conhecimento sobre a realidade regional e formar novos profissionais e pesquisadores para aqui atuarem”, afirmou.

O representante da Propesp destacou, ainda, que Belém, Bragança e Altamira sediam programas de pós-graduação em áreas relacionadas a meio ambiente e desenvolvimento sustentável. Somente na capital paraense, pelo menos 12 programas de pós-graduação ofertam cursos nessas áreas.

Desafios – Para o professor Emmanuel Tourinho, um novo ciclo de desenvolvimento na Amazônia, ambientalmente sustentável e socialmente inclusivo, depende fortemente de investimentos em educação e em ciência. “A UFPA trabalha nessa direção e, para cumprir o seu papel, busca a cooperação com instituições brasileiras e estrangeiras.  Várias iniciativas desse tipo já estão em curso com pesquisadores e instituições da União Europeia” frisou.

Leia mais:
Cooperação entre Brasil e União Europeia é tema de seminário na UFPA

Texto: Thaís Braga – Assessoria de Comunicação da UFPA
Foto: Alexandre Moraes